Concepção de professores de um instituto federal sobre o ensino de história: um paralelo entre o período ditatorial de 1964 e os dias atuais
DOI:
10.52832/jesh.v3i1.167Palavras-chave:
Ditadura civil-militar, Educação, Escola sem partido, Ensino de HistóriaResumo
A educação no Brasil está intimamente relacionada com as políticas implantadas em cada governo. Nos anos de 1964-1985, o país passou por um período de ditadura civil-militar que gerou grandes mudanças no ensino em geral, afetando principalmente a área de Ciências Humanas. Este trabalho teve como objetivo identificar os pontos críticos do período de ditadura civil-militar no que tange às influências e mudanças nos cursos de História, buscando identificar suas consequências e resquícios efetivos no ensino desta disciplina na atualidade. Traçou-se assim, um paralelo entre a época da ruptura democrática (1964-1985) com o momento presente visando detectar possíveis avanços e retrocessos. Aplicou-se um questionário semiestruturado com 20 perguntas aos docentes da área de História que atuavam no Instituto Federal de Goiás, em seus catorze campi, sendo este o recorte do estudo. Os resultados mostraram que os professores têm percebido algum tipo de repressão no seu processo de ensino, sendo advindo principalmente por parte dos representantes do governo, pais, comunidade e discentes. Houve sequelas na formação dos docentes das áreas de humanas no período ditatorial que se arrastam até os dias atuais, como por exemplo a formação teórica e didática precarizadas, formando cidadãos acríticos, facilmente manipulados pelo Estado, já que até os livros didáticos foram reformulados e se tornaram meros manuais técnicos, privilegiando apenas os “heróis” do país e uma cronologia dos fatos ocorridos ao longo do tempo, sendo necessário políticas assertivas em defesa de uma educação laica e emancipatória.
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