Aspectos sobre a patogênese, a clínica, o diagnóstico e o tratamento da hanseníase: uma revisão narrativa
Aspects on the pathogenesis, clinic, diagnosis and treatment of leprosy: a narrative review
DOI:
10.52832/jesh.v2i2.98Palavras-chave:
Hanseníase. Saúde Pública. Prevenção. Epidemiologia. Tratamento.Resumo
A hanseníase é uma doença infectocontagiosa causada pela Mycobacterium leprae, com alta morbidade e de evolução lenta. Ela é uma doença que gera grande estigma e impacto na vida de indivíduos acometidos, podendo se manifestar através de sinais e sintomas. Sua característica principal é o comprometimento dos nervos periféricos. O objetivo do presente estudo foi realizar uma revisão narrativa, de modo a reunir informações sobre a patogênese, diagnóstico e tratamento da hanseníase. Os principais resultados do estudo mostraram a importância da prevenção e controle da doença, apontando evidências que mostram novas e importantes estratégias que podem ser incorporadas à prática clínica visando a redução dos casos em áreas endêmicas. Espera-se que os achados do presente estudo sejam elementos norteadores para futuras pesquisas com o intuito de investigar a realidade dos brasileiros, em relação aos dados sobre a patogenicidade da doença.
Downloads
Métricas
Referências
Alemu, B. W., & Naafs B. J. (2019). Diagnosis, treatment, and follow-up. Journal of the European Academy of Dermatology and Venereology. 33(7), 1205–1213. DOI: https://doi.org/10.1111/jdv.15569
Aquino, D. M., Caldas, A., da Silva, A. A., & Costa, J. M. (2003). Perfil dos pacientes com hanseníase em área hiperendêmica da Amazinia do Maranhão, Brasil. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, 36(1), 57–64. DOI: https://doi.org/10.1590/S0037-86822003000100009
Chavarro-Portillo, B., Soto, C. Y., & Guerrero, M. I. (2019). Mycobacterium leprae´s evolution and environmental adaptation. Acta Tropica, 197, 105041. DOI: https://doi.org/10.1016/j.actatropica.2019.105041
Chaptini, C., & Marshman, G. (2015). Leprosy: a review on elimination, reducing the disease burden, and future research. Leprosy Review, 86(4), 307–315. DOI: https://doi.org/10.47276/lr.86.4.307
Claro, L. B. L. (1995). Hanseníase: representações sobre a doença. Cadernos de Saúde Pública, 11(4), 631-638. DOI: https://doi.org/10.1590/S0102-311X1995000400014
Conti, J. O., Almeida, S. N. D., & Almeida, J. A. (2003). Prevenção de incapacidades em hanseníase: relato de caso. Revista SALUSVITA, 32(2), 163-174.
da Silva Rocha, A., Cunha, M. d., Diniz, L. M., Salgado, C., Aires, M. A., Nery, J. A., Gallo, E. N., Miranda, A., Magnanini, M. M., Matsuoka, M., Sarno, E. N., Suffys, P. N., & de Oliveira, M. L. (2012). Drug and multidrug resistance among Mycobacterium leprae isolates from Brazilian relapsed leprosy patients. Journal of Clinical Microbiology, 50(6), 1912–1917. DOI: https://doi.org/10.1128/JCM.06561-11
Duthie, M. S., Gillis, T. P., & Reed, S. G. (2011). Advances and hurdles on the way toward a leprosy vaccine. Human vaccines, 7(11), 1172–1183. DOI: https://doi.org/10.4161/hv.7.11.16848
Fava, V. M., Dallmann-Sauer, M. & Schurr, E. Genetics of leprosy: today and beyond. (2020). Human Genetics. 139, 835–846. DOI: https://doi.org/10.1007/s00439-019-02087-5
Fine P. E. (2007). Leprosy: what is being "eliminated"?. Bulletin of the World Health Organization, 85(1), 2. DOI: https://doi.org/10.2471/BLT.06.039206
Global Burden of Disease – GBD. (2019). Washington: GBD; 2019. Compare-se- Leprosy. http://www.Healthdata.org/data-visualization/gbd-compare.
Godinho, V. P. B., Teixeira G. H. O., Andrade, P. H. C, Moreira, T. M., Caetano, J. S., Machado, & G. F. V, Kashiwabara, T. G. B. (2015). Hanseníase: revisão de literatura. Brazilian Journal of Surgery and Clinical Research, Paraná, 9(1), 49-53.
Hamester, C. (2016). A Hanseníase na experiência de vida de pessoas atendidas em ambulatório de referência no Distrito Federal (Dissertação de Mestrado em Saúde Coletiva) - Faculdade de Ciências da Saúde, Universidade de Brasília, Brasília.
Khadilkar, S. V., Patil, S. B., & Shetty, V. P. (2021). Neuropathies of leprosy. Journal of the Neurological Sciences. 420, 117288. DOI: https://doi.org/10.1016/j.jns.2020.117288
Lau, K. H. V. (2019). Neurological Complications of Leprosy. Seminars in Neurology. 39(4), 462–471. DOI: https://doi.org/10.1055/s-0039-1687884
Lopes, V. A. S.; Rangel, E. M. (2014). Hanseníase e vulnerabilidade social: uma análise do perfil socioeconômico de usuários em tratamento irregular. Saúde e Debate. 38(103), 817-829. DOI: https://doi.org/10.5935/0103-1104.20140074
Matsuoka, M., Suzuki, Y., Garcia, I. E., Fafutis-Morris, M., Vargas-González, A., Carreño-Martinez, C., Fukushima, Y., & Nakajima, C. (2010). Possible mode of emergence for drug-resistant leprosy is revealed by an analysis of samples from Mexico. Japanese Journal of Infectious Diseases, 63(6), 412–416. DOI: https://doi.org/10.7883/yoken.63.412
Maymone, M. B. C., Laughter, M., Venkatesh, S., Dacso, M. M., Rao, P. N., Stryjewska, B. M., Hugh, J., Dellavalle, R. P., & Dunnick, C. A. J. (2020a). Leprosy: Clinical aspects and diagnostic techniques. American Academy of Dermatology. 83(1), 1–14. DOI: https://doi.org/10.1016/j.jaad.2019.12.080
Maymone, M. B. C., Venkatesh, S., Laughter, M., Abdat, R., Hugh, J., Dacso, M. M., Rao, P. N., Stryjewska, B. M., Dunnick, C. A., & Dellavalle, R. P. (2020b). Leprosy: Treatment and management of complications. American Academy of Dermatology. 83(1), 17–30. DOI: https://doi.org/10.1016/j.jaad.2019.10.138
Ministério da Saúde – MS. (2002). Secretaria de Políticas de Saúde. Departamento de Atenção Básica. Guia para o controle da Hanseníase. Brasília: Ministério da Saúde. https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicações/guia_de_hanseniase.pdf
Ministério da Saúde – MS. (2005). Secretaria de vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica. Doenças Infecciosas e Parasitárias: guia de bolso. 6 ed. Brasília: Ministério da Saúde, p. 30.
Ministério da Saúde – MS. (2009). Departamento de Vigilância Epidemiológica. Programa Nacional de Controle da Hanseníase (PNCH). Brasília: Ministério da Saúde.
Ministério da Saúde – MS. (2017). Departamento de Vigilância Epidemiológica. Guia prático sobre hanseníase: Brasília: Ministério da Saúde. www.saude.gov.br/imagens/pdf/2017/novembro/22/Guia-prático-de-Hanseniase-WEB.pdf
Ministério da Saúde – MS. (2019). Estratégia Nacional para o enfrentamento da Hanseníase 2019-2022. Brasília: Ministério da Saúde: https://portalarquivos2.saude.gov.br/imagens/pdf/2019/marco/27/Estrategia-Nacional-CGHDE-Consulta-Publica-27mar.pdf.Acesso.
Nakata, N., Kai, M., & Makino, M. (2011). Mutation analysis of the Mycobacterium leprae folP1 gene and dapsone resistance. Antimicrobial Agents and Chemotherapy, 55(2), 762–766. DOI: https://doi.org/10.1128/AAC.01212-10
Oliveira, V. M., Assis, C. R. D., & Silva, K. C. C. (2013). Levantamento epidemiológico da hanseníase no nordeste brasileiro durante o período de 2001-2010. Scire Salutis, 3(1), 6-27. DOI: https://doi.org/10.6008/ESS2236-9600.2013.001.0002
Opromolla, D. V. A. (2000). Noções de Hansenologia. (1. ed.). Bauru: Centro de Estudos Dr. Reynaldo Quagliato, p. 126.
Organização das Nações Unidas Brasil. (2018). Brasil registra 11,6% dos casos de hanseníase no mundo. https//www.naçõesunidas.org/brasil-registra-116-dos-casos-de-hanseniase-no-mundo/
Orsini, M. D. F., Freitas, M. R. G., Antonioli, R. S., Mello, M. P., Reis, J. P. B., Reis, C. H. M., Silva, J. G., Carvalho, R. W., Nascimento, O. J. M., & Guimarães, R. R. (2008). Estudos clínicos, imunopatológicos e eletrofisiológicos dos nervos periféricos na hanseníase. Revista Neurociências. 16(3), 220-230. DOI: https://doi.org/10.34024/rnc.2008.v16.8636
Pinheiro, R. O., Schmitz, V., Silva, B. J. A., Dias, A. A., de Souza, B. J., de Mattos Barbosa, M. G., de Almeida Esquenazi, D., Pessolani, M. C. V., & Sarno, E. N. (2018). Innate Immune Responses in Leprosy. Frontiers in Immunology. 9, 518. DOI: https://doi.org/10.3389/fimmu.2018.00518
Palit, A. & Kar, H. K. (2020). Prevention of transmission of leprosy: The current scenario. Indian Journal of Dermatology, Venereology and Leprology. 86(2), 115–123. DOI: https://doi.org/10.4103/ijdvl.IJDVL_326_19
Pinho J. R. R., Andrade Junior, H. F., & Schenberg, A. C. (1998). Os diferentes testes cutâneos existentes para acompanhamento de pacientes com hanseníase. Hansenologia Internationales, 23(1), 3.
Santos, V. S., de Souza, C. D. F., Martins-Filho, P. R. S., & Cuevas, L. E. (2020). Leprosy: why does it persist among us?. Expert Review of Anti-infective Therapy. 18(7), 613–615. DOI: https://doi.org/10.1080/14787210.2020.1752194
Scollard, D. M., Adams, L. B., Gillis, T. P., Krahenbuhl, J. L., Truman, R. W., & Williams, D. L. (2006). The continuing challenges of leprosy. Clinical Microbiology Reviews, 19(2), 338–381. DOI: https://doi.org/10.1128/CMR.19.2.338-381.2006
Smith, C. M., & Smith, W. C. S. (2000). Chemoprophylaxis is effective in the prevention of leprosy endemic countries: a systematic review and meta-analysis. Journal of Infection. 41, 137-142. DOI: https://doi.org/10.1053/jinf.2000.0698
Silva, W. N. (2018). Aspectos clínico-epidemiológicos e análise especial da hanseníase (Dissertação de Mestrado em Saúde e Ambiente) – Universidade Federal do Maranhão, São Luís.
Talhari, S., & Neves, R. G. (1989). Hanseníase. (2. ed) Manaus: Instituto Superior de Estudo da Amazônia.
Universidade Estadual Paulista – UNESP. (2015). Tipos de Revisão de Literatura. São Paulo, Brasil. https://www.fca.unesp.br/Home/Biblioteca/tipos-de-evisao-de-literatura.pdf
Vêloso, D. S., Melo, C. B., Sá, T. L. B., Santos, J. P., Nascimento, E. F., Costa, F. A. C. (2018). Perfil clínico epidemiológico da Hanseníase: uma revisão integrativa. Revista Eletrônica Acervo Saúde. 10 (1), 1429–1437. DOI: https://doi.org/10.25248/REAS146_2018
World Health Organization – WHO. (2020). Leprosy (Hansen´s disease). Genebra, Suíça. https://www.who.int/health-topics/leprosy#tab_1
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Journal of Education Science and Health
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.