O tempo husserliano: um fantasma que não deixa de existir
DOI:
10.52832/jesh.v1i2.14Palavras-chave:
Cauda retencional do passado, Consciência interna, Interioridade, Zonas de passagemResumo
Este artigo tem o objetivo de fazer uma análise crítica da obra husserliana: “Lições para uma fenomenologia da consciência interna do tempo” publicada originalmente em 1928. Nesta obra, Husserl procura fazer uma análise fenomenológica da consciência do tempo. Segundo ele, para conhecer a fundo as manifestações do tempo dentro de nós, é necessário conhecer o fundo muito profundo de sua interioridade. O problema central de nossa investigação filosófica é este: o que há dentro do tempo e como podemos conhecer a fundo a sua interioridade? Em resumo, a resposta seria: conhecendo a sua consciência interna. Pois é, para Husserl, o tempo tem consciência. Ao longo do texto, iremos analisar fenomenologicamente as múltiplas zonas de passagem do tempo constituídas de halos temporais que iluminam o fluxo invisível da duração. Tal análise está voltada particularmente para a realidade virtual a qual é constituída de uma cauda retencional do passado alimentada por retenções primárias e/ou secundárias. Para tanto, a metodologia desta pesquisa é de cunho crítico-reflexiva. Concluímos que o tempo husserliano é, na verdade, um grande fantasma encrustado no fluxo temporal de vivências psíquicas.
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Referências
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