OS CONHECIMENTOS ADQUIRIDOS PELO ENSINO PODEM SER TRANSMITIDOS PELA HERANÇA EPIGENÉTICA?

Autores

DOI:

10.52832/jesh.v4i4.474

Resumo

Este artigo analisa e discute a possibilidade em se transmitir os conhecimentos adquiridos no ensino por meio da herança epigenética para a descendência, com os objetivos de expor o que a literatura apresenta quanto aos mecanismos epigenéticos e o que há disponível na literatura científica sobre a origem do conhecimento humano e desenvolvimento da aprendizagem. Desse modo, foi realizada uma revisão bibliográfica de artigos publicados entre os anos de 2002 e 2024, com o auxílio do buscador do Portal de Periódicos da CAPES. Foram utilizados como descritores de assuntos os termos “Epigenetics”, “Knowledge”, “Transmission” e “Heredity”. Os descritores ainda foram testados em português e espanhol, mas não foram obtidos resultados no Portal. Como critério de inclusão foram utilizados os artigos científicos publicados no período de 2002 a 2024, que tivessem relação com o tema, e como critério de exclusão os dados de outro material que não seja artigo científico e que não tivesse acesso completo ao texto gratuitamente. Foram obtidos 45 resultados, e após a filtragem restaram apenas seis artigos. Como resultado, destaca-se a relação entre as teorias da origem do conhecimento e a epigenética, já que esta é capaz de influenciar a expressão dos genes relacionados ao desenvolvimento cognitivo, sugerindo que fatores genéticos e ambientais desempenham um papel crucial na formação da mente e da personalidade. Entretanto, é difícil mensurar o impacto da epigenética na transmissão dos conhecimentos adquiridos, suscitando a necessidade de novas pesquisas para entender melhor os seus mecanismos e implicações na aprendizagem humana.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Métricas

Carregando Métricas ...

Biografia do Autor

Gabrielle Nóbrega Alves, Universidade Federal de Campina Grande

Graduanda em Ciências Biológicas (UFCG). Patos, PB, Brasil. 

Wesley Kauã da Silva Lima, Universidade Federal de Campina Grande

Graduando em Ciências Biológicas (UFCG). Patos, PB, Brasil.

Marcos Antonio Nobrega de Sousa, Universidade Federal de Campina Grande

Professor Associado, Orientador, (UFCG), Patos, PB, Brasil.

Referências

Abrantes, P. C. (2018) (org.). Filosofia da Biologia. 2. ed. Seropédica: PPGFIL-UFRRJ. Disponível em: http://icts.unb.br/jspui/bitstream/10482/32212/1/CAPITULO_IntroducaoFilosofiaBiologia.pdf.

Abreu, L. C. et al. (2010). A epistemologia genética de Piaget e o construtivismo. Revista Brasileira de Crescimento e Desenvolvimento Humano, [s. l.], 20 (20. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/jhgd/article/view/19973/22059.

Andrade et al. (2019). Comportamentalismo, Cognitivismo e Humanismo: uma revisão de literatura. Revista Semiárido De Visu, [S. l.], 7 (2): 222–241. Disponível em: https://semiaridodevisu.ifsertaope.edu.br/index.php/rsdv/article/view/95.

Arcanjo, F. G.; Silva, E. P. (2015). Lamarck, Darwin e a epigenética: o caso da herança de caracteres adquiridos. Caderno de Resumos Scientiarum Historia VIII, [s. l.]. Disponível em: https://www.academia.edu/44709314/Lamarck_Darwin_e_a_epigen%C3%A9tica_o_caso_da_heran%C3%A7a_de_caracteres_adquiridos.

Bezerra, M. L. M. (2017). Stress e Epigenética Transgeracional: a alteração genética causada pelo stress pode ser transmitida pelos genes aos nossos descendentes? In: VOLPI, José Henrique; VOLPI, Sandra Mara (Org.) CONGRESSO BRASILEIRO DE PSICOTERAPIAS CORPORAIS, XXII, 2017. Anais. Curitiba: Centro Reichiano. Disponível em: https://www.centroreichiano.com.br/artigos/Anais_2017/Stress-e-Epigenetica-Transgeracional-BEZERRA_Maria_Lucia.pdf.

Bock, A.M.B. (2008). Psicologias: uma introdução ao estudo de Psicologia. 13 ed. São Paulo: Saraiva.

Ceschim, B; Dutra, M. G.; Caldeira, A. M. A. (2021). Como a teoria evolutiva na atualidade pretende explicar a origem da inovação das características vivas?. Genética na Escola, São Paulo, 16 (2): 344–355. Disponível em: https://www.geneticanaescola.com.br/revista/article/view/392.

Chateaubriand, E. M. F.; Silveira, N. T.; Costa, F. P. S. (2017). O desenvolvimento humano na teoria de Piaget: uma reflexão de como esta teoria pode contribuir para o aprendizado. In: Costa, F. P. S; Silva, J. S.; Kunz, V. C. (org.). A Importância Da Psicopedagogia. Engenheiro Coelho: UNASP. Disponível em: https://books.google.com.br/books?hl=pt-BR&lr=&id=mcB5DwAAQBAJ&oi=fnd&pg=PA137&dq=O+DESENVOLVIMENTO+HUMANO+NA+TEORIA+DE+PIAGET&ots=Yo0vLnjlzp&sig=p9VsNhReCmFX3RtTGbdvs1eUVmc#v=onepage&q=O%20DESENVOLVIMENTO%20HUMANO%20NA%20TEORIA%20DE%20PIAGET&f=false.

Coelho, M. A.; Dutra, L. R. (2018). Behaviorismo, cognitivismo e construtivismo: confronto entre teorias remotas com a teoria conectivista. Caderno de Educação, 49. Disponível em: https://revista.uemg.br/index.php/cadernodeeducacao/article/view/2791.

Costa, E. B. O.; Pacheco, C. (2013). Epigenética: regulação da expressão gênica em nível transcricional e suas implicações. Semina: Ciências Biológicas e da Saúde, Londrina, 34 (2): 125-136. Disponível em: https://ojs.uel.br/revistas/uel/index.php/seminabio/article/view/5142/13877.

Cunha, M. L. (2019). Hereditariedade Epigenética Transgeracional. Dissertação (Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas) - Universidade de Lisboa, Lisboa. Disponível em: https://repositorio.ul.pt/bitstream/10451/43384/1/MICF_Marta_Cunha.pdf.

Ferreira, A. R.; Franco, M. M. (2012). Reprogramação epigenética em gametas e embriões de mamíferos. Revista Brasileira de Reprodução Animal, 36 (1). Disponível em: http://cbra.org.br/pages/publicacoes/rbra/v36n1/pag3-9.pdf.

Franco, M. M. (2017). Epigenética no melhoramento genético e reprodução animal. Archivos Latinoamericanos de Producción Animal, Brasília, 25. Disponível em: https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/169751/1/2571-7501-1-PB.pdf.

Freitas-Silva, L. R.; Ortega, F. J. G. (2014). A epigenética como nova hipótese etiológica no campo psiquiátrico contemporâneo. Physis: Revista d Saúde Coletiva, 24. Disponível em: https://www.scielosp.org/pdf/physis/2014.v24n3/765-786/pt.

Junior, A. J. P. F.; Neris, A. R. M. T.; Oliveira, I. P. (2018). Epigenética e Psicologia: uma possibilidade de encontro entre o social e o biológico. Revista Internacional em Língua Portuguesa, 3. Disponível em: https://rilp-aulp.org/index.php/rilp/article/view/RILP2018.34.1

Kaulfuss, M. A. (2015). Behaviorismo: Conceitos E Preconceitos. Revista Científca Eletrônica de Ciências Aplicadas da FAIT, Itapeva, 6. Disponível em:

http://www.fait.revista.inf.br/imagens_arquivos/arquivos_destaque/QTQkycuoQSwB6PR_2017-1-21-10-43-24.pdf.

Leite, M. L.; Costa, F. F. (2017). Epigenômica, epigenética e câncer. Revista Pan-Amazônica de Saude, Ananindeua, 8 (4). Disponível em: http://scielo.iec.gov.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2176-62232017000400006&lng=pt&nrm=iso.

Moran, J. M. (2004). Os novos espaços de atuação do professor com as tecnologias. Revista Diálogo Educacional, Curitiba, 4 (12). Disponível em: https://pdfs.semanticscholar.org/6c1a/fba957935bd3c369ebd74bf0460216ef6316.pdf.

Moreira, M. A.; Masini, E. A. F. (1982). Aprendizagem significativa: a teoria de David Ausubel. São Paulo: Editora Moraes.

Oliveira, J. C. (2012). Epigenética e doenças humanas. Semina: Ciências Biológicas e da Saúde, 33 (1): 21-34. Disponível em: https://ojs.uel.br/revistas/uel/index.php/seminabio/article/view/6957.

Oliveira, M. (2015). A evolução das capacidades cognitivas nos primatas: hipótese ecológica vs hipótese da complexidade social. Cadernos do GEEvH, [s. l.], 4 (1). Disponível em: https://www.researchgate.net/publication/301964625_A_evolucao_das_capacidades_cognitivas_nos_primatas_hipotese_ecologica_vs_hipotese_da_complexidade_social.

Paiva, J. T. et al. (2019). Epigenética: mecanismos, herança e implicações no melhoramento animal. Archivos de zootecnia, 68 (262). Disponível em: https://www.embrapa.br/busca-de-publicacoes/-/publicacao/1110162/epigenetica-mecanismos-heranca-e-implicacoes-no-melhoramento-animal.

Pereira, A. (2004). Descartes Defensor Avant La Lettre do “Inatismo Moderado”. Revista de Iniciação Científica da FFC, [s. l.], 4 (2). Disponível em: https://revistas.marilia.unesp.br/index.php/ric/article/view/86.

Primi, R. (2002). Inteligência fluida: definição fatorial, cognitiva e neuropsicológica. Paidéia, Ribeirão Preto, 12 (23). Disponível em: https://www.scielo.br/j/paideia/a/QGfWQD6CHC9KjMqzkx6CVjd/#.

Rivas, M. P.; Teixeira, A. C. B.; Krepischi, A. C. V. (2019). Epigenética: conceito, mecanismos e impacto em doenças humanas. Genética na Escola, 14 (1). Disponível em: https://geneticanaescola.com.br/revista/article/view/311.

Robles, R. G.; Ramírez, P. A. A.; Velásquez, S. P. P. (2012). Epigenética: definición, bases moleculares e implicaciones en la salud y en la evolución humana. Revista Ciencias de la Salud, Bogotá, 10 (1). Disponível em: http://www.scielo.org.co/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1692-72732012000100006.

Rodrigues, F. A. A. (2022). Redefinindo o futuro urbano: o impacto da epigenética na inteligência. Revista Políticas Públicas & Cidades, [S. l.], 11 (2): 11–18. Disponível em: https://journalppc.com/RPPC/article/view/684.

Rosa, A. P. M.; Goi, M.E. J. (2024). Teoria socioconstrutivista de Lev Vygotsky: aprendizagem por meio das relações e interações sociais. Revista Educação Pública, Rio de Janeiro, 24 (10). Disponível em: https://educacaopublica.cecierj.edu.br/artigos/24/10/teoria-socioconstrutivista-de-lev-vygotsky-aprendizagem-por-meio-das-relacoes-e-interacoes-sociais.

Saramago, F. M. et al. (2020). Mantendo vivo o que já está morto: A transgeracionalidade psíquica do trauma. Revista Portuguesa de Psicanálise, 40 (2). Disponível em: https://rppsicanalise.org/index.php/rpp/article/view/38#:~:text=A%20transgeracionalidade%20ps%C3%ADquica%20do%20trauma%20remete%2Dnos%20para%20o%20irrepresent%C3%A1vel,n%C3%A3o%20%C3%A9%20somente%20o%20seu.

Sousa, J. M.; Neto, M. B. C.; Menezes, A. B. C. (2023). Algumas Contribuições de BF Skinner e ZY Kuo para o debate “inato” versus “aprendido”. Revista Brasileira de Análise do Comportamento, 19 (1). Disponível em: https://periodicos.ufpa.br/index.php/rebac/article/view/14942.

Tabile, A. F.; Jacometo, M. C. D. (2017). Fatores influenciadores no processo de aprendizagem: um estudo de caso. Revista psicopedagogia, São Paulo, 34 (103). Disponível em http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-84862017000100008&lng=pt&nrm=iso.

Teixeira, M. E. F. et al. (2021). Fatores de Risco Cardiovascular em Cardiologistas Especialistas pela Sociedade Brasileira de Cardiologia. Arquivos Brasileiros de Cardiologia, [s. l.], 116 (4). Disponível em: https://www.scielo.br/j/abc/a/gX4zfZyKncDZBxHtkGJGzwD/#.

Downloads

Publicado

30-11-2024

Como Citar

Gabrielle Nóbrega Alves, Wesley Kauã da Silva Lima, & Marcos Antonio Nobrega de Sousa. (2024). OS CONHECIMENTOS ADQUIRIDOS PELO ENSINO PODEM SER TRANSMITIDOS PELA HERANÇA EPIGENÉTICA?. Journal of Education Science and Health, 4(4), 1–17. https://doi.org/10.52832/jesh.v4i4.474

Edição

Seção

REVISÕES DA LITERATURA

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)