A CAPACIDADE ADAPTATIVA CLIMÁTICA NO CONTEXTO DAS CIDADES BRASILEIRAS: UM DIÁLOGO COM AS TEORIAS DA MODERNIZAÇÃO ECOLÓGICA E DA SOCIEDADE DE RISCO
DOI:
10.52367/BRJPD.2675-102X.2020.2.3.205-225Palavras-chave:
Cidades, Brasil, Mudanças climáticas, Sustentabilidade, Teorias socioambientais.Resumo
Os debates em torno da questão ambiental, que são relativamente recentes, têm dado lugar central a discussão acerca das mudanças climáticas que, por sua vez, perpassa por temas como o desenvolvimento e gestão das cidades. Assim, compreender o que as cidades têm feito e buscado fazer para implementar e efetivar sua capacidade de adaptação às mudanças climáticas é de fundamental importância no contexto de uma sociedade em constante riscos, vulnerabilidades e incertezas. Neste sentido, o objetivo deste artigo é refletir e discutir acerca da capacidade adaptativa das cidades brasileiras às mudanças climáticas como um desafio a ser enfrentado no contexto da uma sociedade em constante risco. Para isso, os procedimentos metodológicos seguem as orientações de uma pesquisa com abordagem de natureza qualitativa, na qual utiliza-se da pesquisa bibliográfica como principal método para discutir as teorias de sociedade de risco, modernização ecológica e capacidade adaptativa no contexto das mudanças climáticas. À título de conclusão, apreende-se que, ainda que haja reconhecimento de uma sociedade em constante riscos, vulnerabilidades e incertezas, o Estado brasileiro tem assumido um papel de agente reativo, e não proativo. A perspectiva teórica da modernização ecológica recomenda um Estado proativo, com desenvolvimento e produção de tecnologias para lidar com os problemas ambientais, como as mudanças climáticas.