Igarapés como espaço educacional não formal para estudantes de uma escola pública no interior do Estado do Amazonas, Brasil
DOI:
10.52832/jesh.v3i3.174Palavras-chave:
Resíduos sólidos urbanos, Educação não formal, Educação ambiental, Ensino de CiênciasResumo
Em consonância com as propostas curriculares do Novo Ensino Médio, da Base Nacional Curricular e do Referencial Curricular Amazonense, torna-se indispensável o emprego de metodologias diferenciadas na escola para promover um ensino contextualizado, interdisciplinar e participativo. Nesse contexto, este trabalho teve por objetivo utilizar os ambientes (poluídos e não poluídos) de igarapés de Benjamin Constant, Amazonas, Brasil, como espaço não formal de ensino e aprendizagem de conceitos de biologia e química para alunos do ensino médio de uma escola púbica local. A pesquisa, de caráter qualitativo, utilizou um questionário semiestruturado para explorar conhecimentos prévios dos estudantes e aprofundar novas habilidades relacionadas à temática da poluição dos igarapés de Benjamin Constant por resíduos sólidos descartados inadequadamente pela população. Verificou-se que 80% dos alunos compreenderam a importância da reciclagem do lixo urbano, mas 20% não sabiam, até então, o significado dessa ação para a preservação do meio ambiente. Para 45% dos respondentes, a natureza como um todo é o principal prejudicado pelo descarte incorreto de resíduos sólidos urbanos, e não apenas os humanos ou outros animais, indicando que menos da metade dos estudantes possuía uma visão clara da gravidade desse problema. Por fim, 54% dos estudantes afirmaram que a lixeira era o destino final de seu lixo domiciliar, revelando ausência do hábito de separação desse material para coleta seletiva. Os resultados indicaram que houve ampliação do aprendizado sobre conceitos interdisciplinares de ciências (biologia e química) mediados a partir do espaço educacional não formal adotado.
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