Prevalência e mortes decorrentes de efeitos adversos por tratamentos médicos no Nordeste: uma discussão sobre a segurança do paciente
a discussion on patient safety
DOI:
10.52832/jesh.v2i4.148Resumo
O objetivo do estudo foi descrever a prevalência e mortalidade decorrente de efeitos adversos por tratamentos médicos no Nordeste. Trata-se de um estudo epidemiológico quantitativo de caráter descritivo, realizado através de dados do Global Burden of Disease (GBD) Study última versão (2019), referente prevalência e mortalidade decorrente de efeitos adversos por tratamentos médicos no Nordeste entre os anos de 2016 a 2019. De acordo com o levantamento, a prevalência de efeitos adversos relacionados a tratamentos médicos no Nordeste foi maior no estado da Bahia totalizando 938.48; 953.93; 966.49; 978.42 nos anos de 2016, 2017, 2018 e 2019, respectivamente. Logo atrás, o estado do Ceara, com 801.38, 826.28, 830.17, 815.08 casos registrados. Em relação as estimativas de mortes, os maiores valores foram identificados no estado da Bahia, Maranhão e Pernambuco, respectivamente. Já em relação a comparação da taxa de mortes por cem mil habitantes entre os anos de 1990 e 2019, observou-se aumento crescente. Através dos resultados, foi possível observar que a prevalência e o número de mortes decorrente de efeitos adversos a tratamentos médicos na região Nordeste encontram-se elevados. Dessa forma, mostra-se a necessidade e importância, da implementação e cumprimento das metas internacionais de segurança do paciente, afim de promover melhorias específicas na segurança do paciente por meio de estratégias que abordam aspectos problemáticos na assistência à saúde.
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