PENSAMENTO INFERENCIAL E A PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO MATEMÁTICO
DOI:
10.52832/rbc566Abstract
A perspectiva investigativa de ensino da matemática levanta questões de natureza epistemológica na medida em que pressupõe a possibilidade de produção do conhecimento matemático em sala de aula. Assim, compreender a forma com que o matemático realiza suas inferências se torna de grande valia para o professor que pretende trabalhar esse tipo de proposta. O presente artigo apresenta, por meio de um trabalho bibliográfico, quatro tipos de pensamento inferencial, passando pelos mais conhecidos (indução e dedução) e trazendo para consideração tipos mais recentes (abdução e o pensamento transformativo). Em seguida é discutida a aplicação dessas inferências, de forma articulada, na produção de um conhecimento matemático específico, a fim de questionar a predominância do pensamento dedutivo sobre os demais.
References
ABDUCTION. In: Etymonline. Disponível em: https://www.etymonline.com/search?q=deduction. Acesso em: 25/05/2025.
BOALER. J. O que a matemática tem a ver com isso? Como professores e pais podem transformar a aprendizagem da matemática e inspirar sucesso. Penso: Porto Alegre, 2019.
BORGES, M. I. Função simbólica: implicações. In: Revista portuguesa de psicologia. N.12/13, p. 87-106, 1975.
BUNGE, M. La Ciencia. Su método y su filosofia. Debossilo. 2014.
CAMARGO, J. S. A inferência abdutiva em Peirce. In: Diaphonia, v. 7, n. 2, p. 165 - 176, 2021.
CHEVALLARD, Yves. La notion d ́ingénierie didactique, un concept à refonder.Questionnement et élémentos de réponses à partir de la TAD. In: Margolinas et all.(org.): Enamont et en aval des ingénieries didactiques, XVª École d ́Été de Didactique dês Mathématiques–Clermont-Ferrand (Puy-de-Dôme). Recherches en Didactique des Mathématiques. Grenoble : La Pensée Sauvage, , v. 1, p. 81-108, 2009b.
DAVIS, P; HERSH, R. A experiência matemática. Gradativa: Lisboa, 1995.
DEDUCION. In: Etymonline. Disponível em: https://www.etymonline.com/search?q=deduction. Acesso em: 25/05/2025.
HADAMARD, J. The Psychology of invention in the Mathematical field. Princeton University Press: Princeton, 1975.
INDUCTION. In: Etymonline. Disponível em: https://www.etymonline.com/search?q=deduction. Acesso em: 25/05/2025.
INFERÊNCIA. In: OED, Oxford English Dictionary. Disponível em: https://www.oed.com/dictionary/inference_n?tab=meaning_and_use#583265.Acesso em: 25/05/2025.
MACHADO, N. J. Matemática e Realidade. Cortez: São Paulo, 2005.
MACHADO, N. J; CUNHA, M. O. Lógica e linguagem cotidiana: verdade, coerência, comunicação e argumentação. Autêntica: Belo Horizonte, 2008.
OLIVEIRA, P. A aula de matemática como espaço epistemológico forte. In: Ponte, J. P. et al (org.). Actividades de investigação na aprendizagem matemática e na formação de professores. Lisboa: SEM-SPCE, 2002. p. 25-40.
PARENTE, U. L. Material teórico – módulo, sistemas de numeração e paridade. In: Portal da Matemática OBMEP, 2012. Disponível em: < https://cdnportaldaobmep.impa.br/portaldaobmep/uploads/material_teorico/gszotnld hzsc0.pdf>. Acesso em: 25/05/2025.
PEIRCE, C. S. Deducción, inducción e hipótesis. Tradução de Juan Martín Ruiz- Werner. In: RUIZ-WERNER, J. Martín. Deducción, inducción e hipótesis. Buenos Aires: Aguilar, pp. 65-90, 1970. Disponível em: http://www.unav.es/gep/DeducInducHipotesis.html Acesso em: 25/05/2025.
PINHO ALVES, J.; PINHEIRO, T. F. Instrumentação para o ensino de Física. EdUFG: Goiânia, 2012.
SIMONS, M. Beyond inductive and deductive reasoning: the search for a sense of knowing. In: Educational Studies in Mathematics, n. 30, p. 197-210, 1994.